Quais os nutrientes essenciais para as orquídeas? E para que serve cada um?

Alguns adubos químicos, tem escrito no rótulo, a sigla NPK e alguns números.

Esses números variam de embalagem para embalagem, certo?

Existem os 10-10-10, 20-10-30, 20-20-20, 30-10-10, 10-30-20 ... e tantos outros!

Cada número representa a quantidade de N(Nitrogênio), P(Fósforo) e K(Potássio).

Até aí, quem costuma ler sobre orquídeas ou já leu meu blog, sabe disso.

Mas você sabe para que serve cada elemento?

Você sabia que além desses três, existem outros macronutrientes e ainda os conhecidos como micronutrientes? E você sabe para que servem?

É sobre esse tema que irei tratar nesta postagem.

A partir de agora, você será capaz de saber quais os nutrientes necessários para a sua orquídea e porquê. Ficará mais saber qual usar e quando.

Vamos lá!!!

Conheça os Nutrientes necessários 

para a saúde de sua orquídea

Primeiro, falaremos dos macroelementos, que aparecem em destaque nas embalagens, e que são necessários em maior quantidade.

Nitrogênio

É o elemento básico para o crescimento das plantas, ou seja, é fundamental para o crescimento de brotos e folhas. Além disso, é responsável pela coloração verde das folhas.

Portanto, se a sua orquídea precisa de uma forcinha para emitir novas folhas e para a brotação. Opte por adubos que sejam ricos em nitrogênio.

Mas atenção! Se você oferecer uma carga de nitrogênio por muito tempo, isso pode prejudicar a floração da sua orquídea.

Já a carência dele, leva ao estiolamento e a clorose (perda da cor verde e amolecimento) das folhas.

Fósforo

Este elemento é essencial para a fotossíntese.

Ele está diretamente relacionado ao desenvolvimento das raízes e das flores(inclusive dos botões florais).

Folhas verdes-escuras com pigmentos vermelhos podem significar a deficiência deste elemento.

A falta dele é notada principalmente naquelas plantas que ficam muito exposta a luminosidade e mesmo assim, apresentam coloração verde em tom bem escuro.

Outro grande problema pela carência deste nutriente, é a floração pobre, com poucas flores e flores pequenas.

Já o excesso dele, pode amolecer as folhas e hastes, mas não necessariamente elas irão murchar.

Potássio

Aumenta a rigidez de diversos órgãos, como por exemplo, hastes e folhas, pois auxilia no desenvolvimento celular. Portanto, ajuda a formar brotos e bulbos mais rígidos e robustos.

Além disso, ajuda na produção da clorofila e no enraizamento.

Sua deficiência é geralmente notada por manchas necróticas(manchas negras resultantes de morte celular) que aparecem nas folhas, aquelas manchas como se a planta tivesse sofrido queimaduras e, folhas murchas.

Além disso, retarda o crescimento e prejudica enraizamento.

Agora, dos nutrientes conhecidos como macronutrientes secundários. São igualmente importantes que os outros três, mas necessário em quantidades menores.

Cálcio

Necessário para o crescimento e divisão celular.

O íon cálcio é facilmente trocado com o meio externo e é importante na absorção do nitrogênio e outros elementos.

Ele ainda promove a redução da acidez no solo, melhora a absorção de outros elementos e também o crescimento das raízes.

A podridão apical em flores, flores e folhas murchas, e a deficiência no crescimento das raízes, são sinais de deficiência desse elemento.

Magnésio

Muito importante para a respiração celular, a fotossíntese e a absorção de outros elementos.

É o átomo central da clorofilia, ou seja, a sua principal função está relacionada a fotossíntese.

Ele também é essencial para a germinação de sementes.

Sua deficiência causa clorose e manchas irregulares, geralmente de cor amarelada, principalmente entre as nervuras das folhas mais velhas, e, essas passam a cair com mais facilidade.

Altas doses de potássio, por longo período de tempo, pode causar a deficiência de magnésio.

Enxofre

Está ligado diretamente a desintoxicação da planta.

A deficiência dele tem sintomas similares ao de falta de nitrogênio: folhas com a coloração amarelo pálido. 

Além disso, as plantas crescem pouco e descolorem. A clorose(descoloramento), acontece principalmente nas folhas novas, que ficam amareladas, enrugadas e com bulbos mais finos.

E ainda, existem os microelementos, que são necessários em quantidades muito pequenas, mas que também sem eles, as orquídeas podem ter dificuldade de crescimento e de sua saúde como um todo.

 

Boro:

Se manifesta principalmente nas folhas mais novas e em formação.

Também está envolvido diretamente na floração, formação do pólen, na germinação dos brotos e das sementes, na divisão celular e na defesa contra insetos.

A ausência dele, leva a tecidos das plantas duros e quebradiços, folhas retorcidas, manchas necróticas e afeta severamente a floração.

Ferro:

Favorece ao sistema imunológico da planta, é importante na fotossíntese e ajuda no transporte do oxigênio.
Sua carência, também leva à clorose das folhas mais novas.

Cloro:

É necessário, em pequena dose, para a absorção dos minerais.

Participa da fotossíntese e sua deficiência, inclui branqueamento das folhas, enfraquecimento das raízes ...

O excesso de cloro é tóxico para as orquídeas.

Cobalto:

Desempenha um papel muito importante para a fixação do nitrogênio pelas raízes. A falta dele gera sintomas parecidos com o do nitrogênio.

Cobre:

Concentra-se principalmente nas raízes e é indispensável para o metabolismo e absorção do nitrogênio (consequentemente importante na fotossíntese). Sua deficiência causa manchas azul-esverdeadas nas folhas e bordas das folhas enroladas para cima. Os brotos geralmente secam e a floração é prejudicada.

Manganês

Este elemento participa da respiração celular, da fotossíntese...

A carência dele provoca lesões parecidas com a do ferro. Nos casos mais graves, o crescimento da planta é comprometido e suas folhas são pequenas e mal formadas.

Molibidênio:

É imprescindível para o metabolismo do nitrogênio. Sua deficiência causa manchas entre as nervuras das folhas mais velhas e, as mais novas, tendem a torcer e enrolar. Em casos mais severos, o amarelamento de todas as folhas.

Níquel:

É importante no aproveitamento do nitrogênio pelas raízes e regula a absorção do ferro.

Sua deficiência impede o crescimento e germinação das sementes.

Zinco:

A deficiência de zinco deixa a planta, como um todo, disforme. As folhas ficam manchadas, pequenas, torcidas e necróticas.

Causa também o excesso de brotação, que não crescem completamente, ficando pequenos e disformes.

 

Um bom adubo, e específico para orquídeas, tendem a ter a proporção necessária de grande parte destes nutrientes, mas não conheço nenhum que contenha, dentro do mesmo frasco, todos esses nutrientes. Isso porque existem nutrientes que são incompatíveis quimicamente, ou seja, não podem se misturados.

Por isso, alguns adubos são vendidos em embalagens de dois frascos. Estes se complementam, mas não podem ser misturados.

Nem sempre é fácil achar os dois frascos juntos, mas basta ver quais os nutrientes estão especificados no rótulo do seu adubo e buscar por adubos complementares, pois agora você já sabe quais são os nutrientes que elas precisam.

Converse com um profissional qualificado de uma casa de plantas, eles são as melhores pessoas para ajudá-lo nessa busca.

Ah! E quando for aplicar, eles devem ser intervalados. Nunca aplique um e depois o outro! Eles são incompatíveis e podem agir de forma não desejada.

Use um adubo e intervale alguns dias para usar o que complementa. Na véspera da nova adubação, molhe abundantemente sua planta, para retirar vestígios do adubo anterior.

Outra dica, opte sempre por boas marcas (conhecidas no mercado) e faça a adubação regular. Assim, você assegura a saúde e boa formação da sua planta.

Se você deseja saber mais sobre adubação, clique AQUI.

Para esta postagem, como fonte base, utilizei um informativo da biofert.

Fonte das imagens: fine gardening, iStockPhoto