Dicas de Cultivo: Orquídea Beallara Tahoma Glacier (Cambria)

Antes de começar a falar sobre a minha orquídea, achei importante ressaltar que ela é conhecida também como Cambria. 

Cambria não é um gênero, mas sim uma forma como é comercialmente chamada a orquídea híbrida resultante do cruzamento entre Brassia, Cochlioda, Miltonia, Oncidium e Odontoglossum.

Após algumas consultas, já que eu ganhei e ela não veio identificada, descobri que a minha é Beallara Tahoma Glacier "green". 

A Beallara é uma orquídea de crescimento vigoroso e a primeira florada acontece entre 1 e 2 anos.

As flores tem em média 9 cm de altura.

É de fácil cultivo e indicada para iniciantes, pois não é muito exigente. São necessários apenas alguns cuidados:

AMBIENTE...

Este híbrido adora ambientes internos, pois tem temperatura mais amena.

Para cultivo dentro de casa fique atento na escolha do ambiente, pois ela necessita estar em local claro. O ideal é deixá-la bem próxima a uma janela, mas onde não haja incidência solar, pois ela não aguenta raios solares diretos em suas folhas.

Se for cultivá-la em área externa, escolha um local sombreado.

Em orquidários deve ser cultivada com sombrite de 50% a 70%.

Tem preferência por temperatura entre  15 – 25º C, mas para florescer ela precisa de uma pequena queda de temperatura entre o dia e a noite (cerca de 5º C). Exemplo: a noite 19º C e de dia 24º C.

REGA, UMIDADE E SUBSTRATO...

As regas devem ser moderadas. Sempre deixe o substrato secar um pouco entre as regas!

É sensível a cloro e calcário, por isso é ideal usar água da chuva para rega (ou destilada).

O substrato precisa ter boa drenagem. 

A minha veio plantada em substrato de chips de coco. Substrato bom, mas lembrando que ele precisa ser trocado a cada 1-3 anos, pois com o tempo retém mais umidade e sais minerais.

O ideal para ela, são substratos de tamanho médio: casca de pinos, argila expandida, chips de coco... Pode colocar um pouco de pedaços de isopor junto a esses substratos para facilitar a drenagem.

Adora boa umidade do ar, por isso é importante pulverizar um pouco de água (preferencialmente sem cloro), diariamente sobre as suas folhas.

O que farei com a minha após a floração?

Depois que as flores caírem e as raízes novas começarem a apontar, vou tirá-la do vaso e colocar em uma palmeira dendezeiro. Ela é perfeita, pois seu tronco é cascudo e ela fica em local claro, mas sem nenhum raio solar. Além disso, recebe ótima ventilação e a temperatura mais amena.

Farei a rega dia-sim dia-não, até que o enraizamento esteja completo (abraçando a árvore). Depois pode espaçar mais a rega, mas manterei a pulverização nas folhas.

VASO E REENVASAMENTO

Se você optar em cultivar em vaso, dê preferência aos de plástico ou caixinhas de madeira (com drenagem).

Evite os vasos de barro!

Isso porque ela não gosta de excesso de sais minerais e, o vaso de barro, tende a acumular sais minerais em seus poros.

Deve ser replantada a cada 1 ou 2 anos, de acordo com as condições do substrato, ou seja, quando este estiver se deteriorando e retendo mais umidade.

Na hora do replante apare as raízes velhas, e pode usar o mesmo vaso, apenas higienize antes (lavar com sabão de coco e esponja).

Escolha um vaso de tamanho ideal (cerca de 12 cm), nada de vaso grande! Vasos grandes podem afetar inclusive na floração. Se você tem dúvida sobre o tamanho do vaso, clique AQUI.

O transplante pode ser feito em qualquer época do ano, mas é recomendado que seja após a floração.

Dica: Assim que fizer o reenvasamento, suspenda a rega (mantenha apenas pulverização de água nas folhas), por 1-2 semanas. Depois, regue normalmente.

ADUBAÇÃO...

A adubação deve ser de dois tipos: após a floração optar por adubo de crescimento. Após o desenvolvimento dos pseudobulbos novos (quando atingem o tamanho dos adultos), passe a usar o adubo de floração (que é rico em potássio e fósforo).

Se você ficou com dúvida sobre esse assunto, leia AQUI e AQUI.